
Hoje gostaria de falar do PAIGC os nossos IN na altura que todos ouvimos falar,todos os combatemos uns mais outros menos mas poucos os viram. Sentimos muitas vezes a sua presença, as suas acções os seus efeitos mas a sua presença física raras vezes a presenciámos.
Ouvimos falar de Amilcar Cabral, Nino Vieira e tantos outros mas ninguem nos soube explicar quem eram essas personagens. Nessa época eram vistos como TERRORISTAS e figuras a abater eram os ( BIN LANDENS ) do nosso tempo.
O IN era um exército melhor armado que nós, conhecedor do terreno, moralizado e bem enquadrado o que nos deu água pela barba para os poder conter. Durante todo o tempo da contenda o IN modernizou-se, cresceu e criou estruturas e desenvolveu a sua política no terreno.

Nós julgámos por ter o poder aéreo eramos superiores. Engano o nosso, apesar dos Hélios dos Fiates e do Napalm o IN adquiriu armamento moderno e a nossa superioridade acabou.


Depressa aprendemos e a meu ver a única arma que equilibrava no mato e que tinha-mos ao nosso dispor era o DILAGRAMA. Arma poderosa e perigosa mas quando bem utilizada era devastadora e o IN sabia-o. Tinha na minha Companhia camaradas meus soldados que eram verdadeiros artistas no seu manuseamento lembro-me do Corvo do 1.ºGrupo de combate e do Albino o ( Pescador) do 3.º Grupo entre outros que a memória agora me falha.
O PAIGC fazia uma guerra de guerrilha. Implantáva MINAS nos nossos itenerários, embuscávam-nos as colunas os nossos patrulhamentos e atacava as nossas instalações que na maioria eram deficientes Palhotas e Buracos na mata a que chamávamos aquartelamento. A nossa superioridade só se fazia sentir quando os apanhávamos em embuscadas, Op. planeadas e no nosso material bélico pesado no poder aéreo e nas tropas Especiais FUZILEIROS, PARAS e COMANDOS nomeadamente a Comp. Comandos Africanos e Dest. Fuz. Africanos ouve outros agrupamentos como Pel. de Nativos e algumas milicias que fizeram a diferença.

A meu ver foi uma Guerra que não teve vencedores nem vencidos mas sim uma cedência duma das partes beligerantes. È certo que poderia ter sido resolvida pela via DIPLOMÁTICA mas os nossos Governantes da altura não o quiseram.

Houve heróis de ambos os lados, militares que se destacaram alguns bem galardoados outros nem tanto como tudo na vida é preciso sorte e estar na altura certa e no local indicado para outros é precisamente o inverso estar no sitio errado e há hora errada.
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